Uma pseudo-circunferencia -pois na verdade é elíptica-
Borrada por entre os cimentos,
A esfera distoando dos cubos tão humanos, urbanos e cinzentos -pretensiosos cubos pintados de branco com o intuito de parecerem um tanto mais puros-
Como que esnobando ela surge em tons de amarelo
Descrevendo sua silenciosa órbita sem fazer muito caso,
Em que por acaso eu vi ao chegar na varanda de concreto,
tentando concretizar o sonho tão humano de me pintar de branco, sair do cubo e ser um pouco mais puro.
Estou imundo de significados e metáforas.
Pintar-me-ei de amarelo.