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Despedidas

As vezes não medimos consequências quando nos encontramos entorpecidos pela raiva.
Raiva de alguem que se vai, raiva de alguem que já foi.
Partidas não fazem meu tipo,
Despedidas não preenchem meu álbum.
Apenas põem a fim livros que renderiam inúmeras páginas.

Creio então que seja de nosso direito ao menos alguma explicação, não?
Mas porque é tão difícil?
Porque será que essas pessoas agem tão impetuosamente?
Agem sabendo amargamente, trazendo à tona as mais recônditas quezílias dos nossos corações.
Porque atropelam nossas emoções, e nos devassam, nos defloram e nos largam enfim na solitude da prostração?

Monstros. Penso eu.

Só então, dado o devido tempo é que o senso que me rege mostra-me,
que as consequências desse inopinado desenvencilho vão além das circunstânciais, são tráumaticas, irreversíveis.
As soluções por nós facilmente pensadas -tão simples aos nossos veres-, são invisíveis aos olhos de quem -propositalmente- abstêm-se da visão.
E certo estágio de cegueira -para que não se diga ignorância- por eles alcançado, os impede de ver, que pequenas atitudes como tal egoístas e resolúveis,
reflete em todos os seus agregados, isentando-nos da ventura, delindo-nos aos poucos, até que nos reste tudo além do nada, e mais nada além de lágrimas.

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