quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Beijo

na mente houve apenas sua face,
bombardeios, luz, onipotência, poente imagem do seu olho.
anunciava-se então, o fim do nosso beijo. previsível momento de desgraça.
sentimento de dor, cru, nu, frio a torturar-me, não!
e separam-se enfim o meu corpo do seu lábio
como se tirasse um pedaço, leva minha sanidade e deixa a infelicidade, o desejo, a vontade, que desfigura o que restou de mim.
leva assim tão simples o sorriso.
leva, lava, brinda o fim de nossa cor
foi-se o verde, vai-se o rosa, o vermelho e o amor.

Um comentário:

Isadora Sodré disse...

"Você está tão longe

que ás vezes penso

que nem existo

nem fale em amor

que amor é isto"


seu texto me lembrou isso, ginho.

e você me deve um autografo!
beijos, amor.