sábado, 5 de julho de 2008

Virtuo-aliado

De dentro pra fora, o mundo cá dentro.
Não há mais pudores no meu pensamento.
Outrora limites, concisos, escassos.
Agora mil mundos, num mesmo quadrado.

Na tela, janela, da contravenção,
Multipluralidade, uma ligua-nação.
Nação de um só, ideal promissor,
Não há preconceitos ao computador.

Credo, cor, sexo ou raça.
Cada qual com o seu, o mundo é de graça.
Budistas, cristãos, mulheres ou negros.
Dividem o espaço, com o mesmo desejo.

Desejo de abrir-se, a neo-horizontes,
Mil livros, rabiscos, aos nossos alcances.
Liberdade se era, um sonho incerto,
A internet, meu caro, é o sonho concreto.

O sonho e o tudo, tão entrelaçados,
Fronteiras? Não mais, com o virtuo-aliado.
Caminhos, milhares. Viagem sem nexo.
Transcedo se clico, me plugo e conecto.

2 comentários:

Edgar Martins disse...

Pô cara, vô te dizer uma coisa séria, do que ando recentemente lendo, essa poesia foi a melhor. Muito bem "coberto", com um edredon cheio de palavras que nos deixa a sensação de incoerência, o fato de tudo agregar-se na internet. Se formos reparar bem, hoje em dia a gente pode vegetar na frente do computador e vai ter tudo o que precisa, banco, televisão, jornal, compras, comunicação, diversão, prazer. Ou seja, todos os mundos se agregaram e instalaram-se numa pequena tela de algumas polegadas. Parabéns!

Gabriel Carvalho disse...

vc escreve do jeito que eu gosto
com rima metrica e bas ideias
simplesmente demais
cara
poeta já é
na sua idade eu tava longe de poetar assim(e confesso que com a minha idade estou caminhando ainda pra isso)