quarta-feira, 16 de abril de 2008

Simplesmente ser - Parede II

Não mais submerso,
O grosso secou,
e tanto a parede quanto a alma
Agora limpas, perecem no sono profundo.

Os gritos não mais ecoam, os sonhos não me atordoam.

O silêncio, o vazio, a nulidade:
Não é insignificância, é leveza.

Gozo por poucas horas do prazer de simplesmente ser.
Não por simplesmente ser, mas por sentir, e ainda assim, simplesmente ser.

Ser por ser, sei eu e sabe qualquer um.
Todos debaixo das máscaras, simplesmente são.

Aquela noite eu fui além. Eu me preenchi de máscaras.
Chorei as minhas mágoas.

Tive o poder em mãos, poderia ter ignorado a dor, ou tê-la abraçado até ultimo soluço.
E decidi, mesmo assim, simplesmente ser.

Agora eu sou enquanto durmo.

Um comentário:

Júlia disse...

ai voce podia escrever um livro
e eu podia fazer as ilustrações de cada poema
bora?

haha
eu falei serio, mas falando mais serio ainda:
acho que voce podia ver se achava um pano grosso, do mesmo tecido que usam em tela.Por que acho que uma tela é pequeno pra o tanto de coisa que eu criei aqui na minha cabeça.hahaha
podia ser uma telona, ou umas 4 telas
não necessariamente juntinhas as 4 formando um quadrado ou um retangulo..entendeu?
ai mas enfim!
To ficando realmente empolgada!!
:) :)

p.s: vou ver na loja do meu curso de desenho se rola esse pano
:*