Hoje eu vi um sabiá.
Ele voava livremente pelos campos e folhagens de cerrado da chapada.
Mas eu, sempre tolo, seguia numa estrada em linha reta.
O sabiá não.
Ele ia sem rumo. Rumo a liberdade, talvez.
O sabiá cantava, encantava.
Mas só aos mais atentos.
No caso, eu.
Ele ia pareo a mim como que me esnobando, vigiando, como se estivesse cuidando.
Era engraçado ver o quanto a liberdade do mesmo respeitava a minha liberdade.
Ou seria respeitando a minha limitação?
Não importa.
Não importa qual a velocidade que eu ia, ele estava ali, do meu lado.
Pode ter durado 5 segundos, ou 30 minutos, ou a eternidade.
Na verdade, pouco importa.
A única coisa que posso dizer é que por todo momento eu tinha em mente apenas uma certeza:
O sabiá era você.
E você estava indo, tão suave, tão imponente, embora.
Um comentário:
Já parabenizando pela idéia, e respondendo a Sarinha...uma vez vi num texto:"a verdade pode ser qualquer coisa, contanto que você acredite..."(vide blog: www.isnows.blogspot.com)
Continue acreditando que essa pessoa era o sabiá e, sim, gostei do texto!
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