sábado, 6 de setembro de 2008

A dor é tão insensível,
que quando se mostra incrível,
é impossível suportar.

Tenho-a por mim tão breve,
nos seus eternos sufocos,
que de um soluço, faz-me louco,
me enlouquecendo ao chorar.

Cala-te dor indiscreta,
Feche a porta, não deixa brecha,
Vai-te embora pela fresta,
Entre juízo que ainda me resta,
E a loucura a me atazanar.

E quando fores, mande recado,
Para que esteja distante ao seu lado,
E quando longe daí, exilado.
Esteja a salvo, esteja sanado,
Esteja livre, esteja calado,
A espera de um próximo visitar.